O Meio Ambiente Pós – Quioto

Protocolo de Quioto

Quioto, juntamente com a Eco-92, foram as duas mais ambiciosas tentativas de se lidar com a cada vez mais urgente questão ambiental. Se naquele momento surgiu um mecanismo que pretendia gerar cortes de emissões em ativos financeiros livremente negociáveis no mercado global, ecoando o espírito do liberalismo ainda triunfante do final dos anos 90, a conferência do Rio de Janeiro entronizou nos meios diplomáticos e intelectuais o conceito de desenvolvimento sustentável, o qual articulava a preocupação com o meio ambiente à necessidade de melhoria da qualidade de vida das populações miseráveis do mundo. Embora revolucionários em suas épocas, e paradigmáticos do ponto de vista intelectual, pouco melhoraram o quadro preocupante que ainda enfrentamos.

 

Copenhague, pelo que podemos perceber, pouco acrescentará ao arsenal conceitual  consolidado nas últimas décadas. Além de discussões sobre transferência de tecnologias limpas aos países pobres (que, de alguma forma, se desdobra do conceito de desenvolvimento sustentável) e sobre aporte direto de recursos para países que mantenham de pé suas florestas (algo análogo ao que os créditos de carbono pretendiam fazer), poucas novas idéias estão sobre a mesa.

O cerne da discussão, em Copenhague, se dá sobre a vontade dos países ricos, os grandes poluidores, em se comprometer com metas ambiciosas de corte de emissões. E, tentando evitar o que aconteceu com Quioto, sobre suas capacidades de cumprir os compromissos assumidos. Conceitos bons, já os temos. Resta colocá-los em boa prática.

fonte:    http://blablablaecoisaetal.wordpress.com/2009/11/27/o-meio-ambiente-pos-quioto/

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